quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Psicanálise


A Psicanálise, nascida em Viena no fim do século XIX como uma clínica inovadora para o tratamento da histeria e da sexualidade, método terapêutico criado por S. Freud , empregado em casos de neurose e psicose, que consiste fundamentalmente na interpretação, por um psicanalista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência, tornou-se também um fenômeno da cultura; da Europa às Américas, encontra-se, hoje, implantada em mais de 40 países, sob a forma de diferentes correntes teóricas embasadas no pensamento freudiano.
Enquanto método de investigação, caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é manifesto através de ações e palavras ou através das produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres. A prática profissional, refere-se à forma de tratamento psicológico (a analise) que visa tratar distúrbios mentais, neurose a cura e o autoconhecimento. Compreender a Psicanálise significa percorrer novamente o trajeto pessoal de Freud, desde a origem dessa ciência e durante grande parte de seu desenvolvimento. Todos os desejos, lembranças e instintos reprimidos estariam “armazenados” no inconsciente das pessoas e, através de métodos de associações, o psicanalista conseguiria analisar e encontrar os motivos de determinadas neuroses ou a explicação de certos comportamentos peculiares dos seus pacientes.
São utilizados métodos de análises fundamentais para que o resultado dá análise seja positivo. São eles a associação livre e análise dos sonhos.
Na associação livre o paciente é orientado a dizer o que lhe vier à cabeça, deixando de dar qualquer orientação consciente a seus pensamentos. É essencial que ele se obrigue a informar literalmente tudo que ocorrer à sua autopercepção, não dando margem a objeções críticas que procurem pôr certas associações de lado, com base no fundamento de que sejam irrelevantes ou inteiramente destituídas de sentido.
Breuer utilizava a técnica de hipnose por sugestão, que também foi utilizada por Freud. Posteriormente Freud deixou de adotar a hipnose em suas sessões e passou a utilizar a associação livre.








REFERÊNCIAS


Freud, S. (1896): Aus den Anfängen der Psychoanalyse, carta a Fliess de 06/12/1896, Al., 185-6.

Freud, S. (1915): Das Unbewusste, G. W., X. 294.

Laplanche e J.-B. Pontalis. Vocabulário da Psicanálise, p. 307.


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